quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Crossroads de Robert Johnson



Robert Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. A data de nascimento oficialmente aceite em (1911) provavelmente está errada. Registos existentes (documentos escolares, certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas entre 1909 e 1912, embora nenhum deles contenha a data de 1911.

Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 42 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. Suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas de Blues como Eric Clapton ou os The Rolling Stones, entre muitos outros.

Em 1938 Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson recuperou-se do envenenamento, mas contraiu uma pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que tinha sido assassinado com uma arma de fogo. A sua certidão de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.

Outra das lendas refere que ele morreu de quatro uivando no corredor do hotel que estava instalado.

Outra lenda popular recorrente e a mais conhecida sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das estradas 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da capacidade para tocar guitarra como mais ninguem a face da terra. Este mito foi difundido principalmente pelo "Bluesman" Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como por exemplo "Crossroads Blues".

Johnson é freqüentemente citado como "o maior cantor de blues de todos os tempos", ou até mesmo como o mais importante músico do Século XX, mas muitos ouvintes ficam algo desapontados depois de conhecerem o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos dos blues mais actuais.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, o qual já vinha sendo gravado 15 anos antes das suas gravações, o seu trabalho modificou bastante o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson II (que afirma ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado Johnson sobre a garrafa de whisky). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues eléctrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha directa nem sempre muito perceptivel da influência entre a obra de Robert Johnson e o Rock and roll que se tornaria muito popular no pós-guerra.

Anos após sua morte, o grupo de admiradores de Johnson cresceu e inclui várias estrelas do rock como por exemplo Keith Richards e Eric Clapton.


Cross Road Blues

I went to the crossroad
fell down on my knees
I went to the crossroad
fell down on my knees
Asked the Lord above "Have mercy, now
save poor Bob, if you please
Mmmmm, standin' at the crossroad
I tried to flag a ride
Standin' at the crossroad
I tried to flag a ride
Didn't nobody seem to know me
everybody pass me by
Mmm, the sun goin' down, boy
dark gon' catch me here

oooo ooee eeee

boy, dark gon' catch me here
I haven't got no lovin' sweet woman that
love and feel my care
You can run, you can run
tell my friend-boy Willie Brown
You can run, you can run
tell my friend-boy Willie Brown
Lord, that I'm standin' at the crossroad, babe
I believe I'm sinkin' down

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